segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Por conta própria, dez cidades de SP bancam campanha antirrábica


Enviado por: "J" johanobr@gmail.com   johanobr

Sáb, 20 de Ago de 2011 2:48 am                                                                                                                                                                                                                            
*LEANDRO MARTINS*
DE RIBEIRÃO PRETO

A indefinição sobre a vacinação de cães e gatos no Estado, em razão de atraso no repasse de vacinas pelo Ministério da Saúde, fez municípios iniciarem campanhas isoladas de imunização com doses compradas pelas próprias prefeituras.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, ao menos dez municípios informaram sobre a realização de campanhas. A pasta não forneceu as cidades - a *Folha* apurou que Limeira é uma delas.
O número pode ser maior porque as prefeituras não são obrigadas a informar o procedimento. Na região de Ribeirão, Jardinópolis planeja bancar a campanha.
Sua Secretaria da Saúde diz que fará isso caso as doses do ministério não cheguem logo.
Outra cidade, Sertãozinho, só não a realizou porque afirma não ter encontrado vacinas para compra.
Tanto a Secretaria de Estado da Saúde quanto o ministério dizem que as prefeituras têm autonomia para realizar as campanhas.

*GASTOS DESNECESSÁRIOS*
O Ministério da Saúde diz, porém, que os recursos gastos com a compra da vacina antirrábica poderiam ser usados pelos municípios em outras áreas, pois, segundo afirma, as doses fornecidas pela União serão entregues em breve.
No ano passado, a campanha de vacinação de cães e gatos foi suspensa depois que houve um número excessivo de reações, que causaram mortes e efeitos colaterais graves nos animais.
Neste ano, a campanha estava prevista para setembro, mas, em julho, o ministério alterou o cronograma, o que deixou o Estado de São Paulo sem data definida.
O argumento do ministério é que houve atraso no calendário para que a vacina antirrábica passasse por um processo detalhado de purificação, para evitar as reações registradas no ano passado.

*AÇÃO PRÓPRIA*
O médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de Limeira Hilton Lang disse que a prefeitura decidiu fazer a campanha por prevenção. "Como não ocorreu [a campanha] em 2010, poderia ser o segundo ano sem a vacinação, isso era uma preocupação", afirmou.
A campanha durou 15 dias e já terminou na área urbana -ainda falta a zona rural.
Em Sertãozinho, o coordenador do Núcleo de Controle de Zoonoses, João Luiz Longhi, disse que chegou a procurar a vacina para comprar, mas não conseguiu.
Por isso, enquanto espera pelas doses que serão entregues pelo ministério, o órgão ampliou o monitoramento.
A cidade nunca teve casos de raiva em cães e gatos, mas, em 2009, houve registro da doença em morcegos.
A presidente da AVA (Associação Vida Animal), Maria Cristina Dias, vê problema nas campanhas realizadas de forma isolada.
"Pode até ter o lado positivo das prefeituras assumindo essa responsabilidade, mas pode ter um problema sobre a qualidade da vacina", afirmou a ativista.
Para ela, a realização da campanha nacional torna mais fácil o controle da qualidade. "Em 2010, por exemplo, quando deu o problema, o próprio ministério cancelou [a vacinação]."

http://www1. folha.uol. com.br/fsp/ ribeirao/ ri2008201101. htm
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"Enquanto formos túmulos de animais assassinados como poderemos esperar uma
condição ideal na Terra?" - George Bernard Shaw

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