COMPRAR OU ADOTAR UM ANIMAL?
Por Lilian Rockenbach
Assista abaixo do artigo o documentário da BBC
"Os Segredos do Pedigree"
Assista abaixo do artigo o documentário da BBC
"Os Segredos do Pedigree"
Em primeiro lugar animais são seres que existem por suas próprias razões, são criaturas
de Deus e não existem para nos servir.
Se entendermos que animais não são mercadorias, mas seres capazes de ter
sentimentos, que têm necessidades de amar e de serem amados, que sofrem
por dor, por fome, por frio, por abandono e por solidão, exatamente como
nós, humanos, inteligentes, evoluídos, no topo da cadeia alimentar, passaremos
a enxergá-los como VIDA e concordaremos que não há sentido em se comprar animais.
Nós não compramos um amigo humano, porque deveríamos comprar um animal?
O CONCEITO DE VIDA DEVE SER RESPEITADO.
Inicialmente precisamos aceitar que há uma cruel tradição humana de encarar que
animais são coisas, são produtos, são fonte de renda, de lucro, de prazer, de
diversão, etc.. Quando enxergamos animais desta forma somos capazes e
comprá-los, presentear pessoas com eles e usá-los como forma de
auto afirmação social, “coisificando-os” e os transformando em
objetos de prazer, totalmente descartáveis quando não nos são mais úteis.
TUDO O QUE COMPRAMOS TEM UMA FINALIDADE, E QUANDO AQUILO NÃO TEM
MAIS UTILIDADE, SIMPLESMENTE ENCOSTAMOS OU NOS DESFAZEMOS.
MAIS UTILIDADE, SIMPLESMENTE ENCOSTAMOS OU NOS DESFAZEMOS.
Assim é também com os animais, quando os encaramos como coisas.
Bonitinhos quando filhotes, meio sem graça quando adultos, e descartados
quando velhos e doentes.
Nosso grande, e talvez maior desafio, é nos convencermos e
convencer nosso semelhante a respeitá-los como vida, como
criaturas de Deus, como seres que merecem respeito.
Muitos dos animais comprados por impulso quando filhotes são descartados
quando adultos ou idosos, indo parar muitas vezes nos
CCZs (Carrocinhas), ou são recolhidos por protetores de animais que têm a
difícil tarefa de reabilitá-los, castrar e doar.
Existe também, e nesse caso a mais cruel realidade, o fato de como
esses filhotes “entram” no mercado. A maior parte deles são frutos
de “criadores de fundo de quintal”, pessoas que realmente os vêem
apenas como fonte de renda e deixam de trabalhar para se sustentar
da exploração destes inocentes.
Além disso, como freqüentemente é feito cruzamento entre parentes,
muitos animais nascem com problemas de formação e de
saúde, estes também são abandonados, por não possuírem
valor comercial. Outros são vendidos aparentemente sadios e
desenvolvem doenças quando adultos. A consanguinidade provoca
diversas doenças nos animais, inclusive câncer.
Muitas vezes as “matrizes” (machos ou fêmeas) como são chamados
os animais colocados para procriar indiscriminadamente (o que evidencia
de que se trata de um 'negócio'), são mantidas confinadas em gaiolas,
por toda a vida, muitos desenvolvem transtornos comportamentais
irreversíveis, nunca recebem carinho e quando envelhecem, adoecem
ou desenvolvem qualquer doença (algumas decorrentes pelas
constantes crias) são abandonados nas ruas, à própria sorte, para morrer
à míngua. Isso quando não são sacrificadas.
Entenda: são produtos, fonte de renda e quando não podem
mais proporcionar lucro, precisam ser descartados e substituídos.
Nós fazemos isso com tudo o que não nos é mais útil: celular, batedeira, computador etc..
O objetivo do criador é o lucro, e para obter isso ele deve otimizar a criação,
minimizando os gastos e otimizando os lucros, mantendo as “matrizes” que
dão lucros, descartando as que dão prejuízo, substituindo por novas sempre
que necessário. Tal qual numa linha de produção de uma empresa qualquer.
O comprador de animais em feiras ou Pet shops não tem consciência disso,
muitas vezes sequer imagina. Para ele quem vende animais o faz
porque os ama... Assim como desconhece a quantidade imensa de animais
que aguardam adoção nos Centro de Controle de Zoonoses das
prefeituras, abrigos de animais abandonados mantidos por ONGs
e protetores de animais independentes.
Quando você compra um animal, você financia a crueldade a que
eles são submetidos, você contribui para que muitos sejam abandonados
quando não tiverem mais utilidade, e ajuda a sustentar um comercio
cruel e criminoso que explora seres inocentes que não podem se defender
de nós, humanos.
Existe uma verdadeira Indústria de filhotes, que lucra mediante o sofrimento dos animais.
O Movimento de Proteção Animal em todo o país recebe um número cada
vez maior de denúncias contra criadores.
Existem alguns criadores sérios sim, mas há muitos criadores luxuosos e que
vendem animais por uma fortuna, que também escondem crueldade e
abuso por trás de fotos que anunciam a venda de lindos animais.
Se você quer um animal para ser sua companhia, seu amigo, mas
necessita de um cão que se adeque ao espaço em que vive,
lembre-se que existem milhares de animais disponíveis para
adoção, animais de todos os portes, pelagem e cor. Todos capazes
de lhe proporcionar carinho, amor, alegria, companhia e amizade, tal qual
qualquer “cão de raça”.
Se você, de alguma forma se convenceu da crueldade existente por
traz da venda de animais e decidiu adotar ao invés de comprar,
proporcionando uma nova vida a um animal que já existe e não
alimentar à cruel indústria dos filhotes, passe essa idéia adiante.
Lembre-se que existem muitos animais abandonados que
possivelmente nunca encontrarão um lar, a melhor forma
de coibir isso é evitando a procriação, orientando aos seus
amigos que castrem seus animais.
Adotar um animal sem raça e sem beleza externa só mostra o
valor e a beleza de quem adota, e a certeza de ter realmente
salvado uma vida lhe trará uma satisfação pessoal impagável.
Alie-se e divulgue as seguintes idéias:
- Animais são vidas e não produtos.
- Faça o criador, que se sustenta de explorar os inocentes animais, trabalhar.
- Amigo não se compra, se adota.
- AMIGO NÃO SE ESCOLHE POR RAÇA.
Sugestão de leitura:
COMÉRCIO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS, por ULA (União Libertária Animal)
VOCÊ FAZ QUESTÃO DE UM CÃO DE RAÇA? PENSE DUAS VEZES... por Sérgio Greif
Documentário sa BBC "OS SEGREDOS DO PEDIGREE"
Documentário sa BBC "OS SEGREDOS DO PEDIGREE"
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