Publicado em 25/11/2011
A partir desse dia 18 de novembro, a Secretaria
de Educação do Município introduz na
merenda escolar receitas à base de proteína
de soja, em substituição à carne, para 626
mil alunos, dando início a uma proposta
do vereador Roberto Tripoli (PV), que vem
fazendo gestões para introduzir opções
vegetarianas na merenda das escolas do
município desde 2009.
As receitas com soja serão servidas
inicialmente a cada 15 dias, em escolas
onde a gestão da merenda é terceirizada,
conforme explica a diretora de Divisão
Técnica do Departamento de Merenda
Escolar da Secretaria Municipal da
Educação, Vera Nakayama. A opção
pela soja foi feita pela área técnica
responsável pela merenda nessa
Secretaria, e a escolha das receitas
também.
A previsão, segundo a diretora, é incluir já
no ano que vem as receitas vegetarianas
também nas escolas com gestão direta
e mista, pois a compra dos novos produtos
exige licitação. No caso das unidades
terceirizadas, os produtos são comprados
pelas próprias empresas responsáveis pelo
serviço. O total de alunos na rede municipal
é de 1 milhão de crianças e adolescentes, e
são servidas perto de 2 milhões de refeições
diariamente.
O vereador Tripoli considera a novidade
fundamental para dar início às discussões
em torno da redução do consumo de carnes
nas escolas. “As crianças e suas famílias
devem aprender que a alimentação pode
ser saudável, sem envolver o consumo diário
de carnes e a escola é um local fundamental
para esse aprendizado”, observa o parlamentar.
Não se trata de radicalismo e nem de retirar
as carnes da merenda escolar, observa Tripoli. “Mundialmente, a redução do consumo de
carnes vem sendo recomendada, tanto do
ponto de vista da saúde como no aspecto
da proteção ambiental e também pela defesa
dos animais. São Paulo inclusive aderiu,
através da Secretaria Municipal do
Verde e do Meio Ambiente, ao movimento
Segunda sem Carne. Agora, o tema está
sendo levado, na prática, para as escolas
públicas”, observa.
Tripoli acha importante que, além da
merenda, esclarecimentos sejam levados
para as crianças e seus familiares, inclusive
com o ensino de receitas saborosas e
nutritivas que não envolvam carnes.
“Estamos num novo tempo, vivendo
mudanças planetárias que não podem
ser desconsideradas. Estamos no limiar
de mudanças civilizatórias imprescindíveis.
As crianças precisam ser informadas sobre
novas possibilidades de consumo e de
comportamento, inclusive no que se refere
à alimentação”, observa o vereador ambientalista.
Vale lembrar que o vereador Tripoli iniciou os
Vale lembrar que o vereador Tripoli iniciou os
debates sobre opções vegetarianas na
merenda escolar durante a Comissão
de Estudos sobre Animais, implementada
e presidida por ele durante cinco meses,
em 2009, na Câmara Municipal de São Paulo.
Desde então, o parlamentar fez gestões
junto à Secretaria da Educação para
conseguir introduzir esse avanço.
Em 2010, Tripoli chegou a colocar verba
no orçamento municipal para a realização
de um projeto piloto de merenda vegetariana.
Finalmente, no segundo semestre de
2011, a Secretaria da Educação comunicou
ao vereador que estava fazendo testes
de aceitabilidade e que pretendia introduzir
um dia por semana sem carnes no cardápio
de todas as escolas.
(Texto: Regina Macedo / jornalista ambiental)
(Texto: Regina Macedo / jornalista ambiental)
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