Hemotórax, este é o resultado das primeiras necropsias 
feitas nos cães e gatos que teriam sido assassinados por
 Dalva Lima da Silva, no caso da Vila Mariana, deflagrado 
na última sexta-feira, dia 13 de janeiro.
Apoio às investigações
Na sexta feira, acionado por associações e protetores 
independentes do Movimento de Defesa Animal, o Deputado 
Federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP) contatou o prof. Dr. Paulo
 Maiorka, do Departamento de Patologia Animal da Universidade 
de São Paulo, solicitando o apoio da Instituição na viabilização 
das necropsias, que deveriam ser custeadas pelas ONGs 
denunciantes, entre elas, a Adote um Gatinho, 
em laboratório particular.
O pedido foi prontamente atendido. Metade de todas as 
necropsias e todos os exames toxicológicos estão sendo 
realizados na USP, sem custo para as entidades de defesa animal.
Crueldade e frieza
A polícia flagrou o descarte de 39 gatos e cães. Foto: sem crédito
Xilazin, dopalen e cloreto de potássio, substâncias apreendidas 
na residência eram utilizadas para matar os animais. Injetadas 
no coração, provocaram seu rompimento, seguido de hemorragia 
(hemotórax) o que explica a palidez dos 33 cães e gatos 
encontrados mortos, envoltos em jornal e dentro de sacos de 
lixo, nas calçadas da rua da suspeita, que não negou eutanasiar 
os que sucumbiam a tratamento, que alegava dar a animais de
 rua que lhe eram entregues. Não havia conteúdo estomacal, o 
que indica a falta de ingestão alimentar por período prolongado.
Ao que tudo indica, não se trata de ritual religioso ou de prática 
apta a abastecer banco de sangue clandestino, mas sim ato 
compulsivo de matar. Na residência havia muitas caixas de
transporte, o que indica o grande volume de animais 
que passavam por lá.
O detetive particular contratado, e ouvido pela polícia, 
confirmou número excessivo de animais que chegavam à 
residência e não saíam vivos, mas sim em sacos de lixo, mortos.
O inquérito policial está a cargo da Divisão de Investigação 
sobre Infrações contra o Meio Ambiente, do Departamento 
de Polícia de Proteção à Cidadania – DPPC, que tem recebido 
inúmeros protetores que teriam entregue animais a Dalva, 
acreditando que ela os encaminharia a abrigos. Muitos, 
inclusive, pagavam pelo serviço.
Este fato reforça a necessidade de acolhimento de duas 
grandes ações empreendidas pelo Deputado Tripoli: a 
aprovação do PL 2833/2011, que prevê penas severas para
 crimes contra animais e a solicitação de criação de um
 serviço de perícia para crimes contra animais, através do 
Instituto de Criminalística, em tratativa junto à Secretaria
 Estadual de Segurança Pública.