quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SJC - PROTEÇÃO AOS ANIMAIS DO PINHEIRINHO


Protetores e simpatizantes
Definitivamente, tornou-se pública a inevitável reintegração
 de posse da área do Pinheirinho, na zona sul de SJC,
 conforme você pode ver no link abaixo, retirado do jornal 
O Vale de hoje.
Infelizmente, tudo leva a crer que esta terá conseqüências 
violentas, uma vez que os moradores garantem que não vão 
sair da área e a PM, por sua vez, terá que cumprir a ação
 judicial que determina a retirada das famílias. Já dá para 
imaginarmos o que virá pela frente...
Para nós, seres humanos protetores, esta ação nos tocará 
em dois pontos: além da situação das famílias (com 
crianças, idosos e deficientes) que terão que deixar o local 
sem previsão de outra moradia e assistência, temos a situação 
dos animais que vivem no Pinheirinho.
Para onde serão levados esses animais? Quem dará a eles
 alimentação, moradia e assistência? É certo que no dia 
da ação, devido à grande movimentação, muitos se 
perderão dos donos, correrão no sentido das avenidas 
(correndo o risco de serem atropelados)... Quem dará 
atenção a nossos amados animais durante e depois
 dessa ação no Pinheirinho? Não podemos deixar que 
eles sejam esquecidos (mais uma vez) pelas nossas autoridades!
Eu, como protetora independente, enviei um ofício à 
Prefeitura, diretamente para a Secretaria de Saúde, pedindo
 que o CCZ atue nesse sentido no Pinheirinho. Ou seja, 
que recolha, dê assistência e encaminhe os animais de lá retirados 
para adoção.  
Todavia, preciso da ajuda de vocês para que esse documento
 tenha mais força!! Vamos cobrar uma ação direta da
 Prefeitura nesse caso!! Não podemos deixar que nossos 
animais sejam descartados como lixo nessa ação!! Eles
 já perderão seus donos... suas casas (por mais humildes que 
sejam)... e ainda poderão passar frio, fome, necessitar de 
assistência??!! Isso não é justo!! Vamos ajudá-los!! Mandem
emails para a Prefeitura, mensagens nas redes sociais... 
Enfim, vamos dar voz aos nossos animais!!
Marilu Godoi

maximo-1.202852

January 5, 2012 - 04:00


Ameaça de reintegração põe Pinheirinho em alerta máximo
População do bairro clandestino Pinheirinho se prepara para a reintegração
de posse do local

Victor Moriyama

Ordem de desocupação da área pode ser cumprida após o recesso do
Judiciário, que termina na próxima segunda-feira; moradores do acampamento
se dizem preparados para resistir a uma possível ação da PM

Beatriz Rosa
São José dos Campos

Com o risco iminente da desocupação, moradores do acampamento sem-teto do
Pinheirinho, na zona sul de São José, se preparam para resistir e não
descartam a possibilidade de confrontos com a Polícia Militar.

Desde julho do ano passado, as 1.577 famílias que vivem no local aguardam
apreensivas a reintegração de posse determinada pela juíza da 6ªVara Cível
de São José, Márcia Loureiro.

A expectativa é que a desocupação ocorra após o recesso do Poder
Judiciário, que termina segunda-feira.

No acampamento o clima é de preocupação. Moradores se revezam 24 horas
percorrendo a área para não serem surpreendidos com a chegada da Polícia
Militar.

A estratégia irá garantir que todas as famílias sejam alertadas por meio
de apito sobre a chegada da PM.

Os sem-teto planejam formar uma corrente humana ao redor da ocupação com
sindicalistas e religiosos, para impedir o acesso dos policiais à gleba.
Há boatos de que alguns moradores também estariam estocando gasolina para
um eventual confronto, mas as lideranças não comentam o caso.

Estratégias.Líder do acampamento sem-teto Pinheirinho, Valdir Martins, o
Marron disse que a batalha pela casa própria não terá fim. “Não temos
plano B porque ninguém tem para onde ir. Então a estratégia é de
resistência até o fim”, disse.

Ele acredita que não serão necessários confrontos.

“Ninguém aqui irá partir para a violência. O diálogo será nossa principal
estratégia. Os governos Federal e Estadual já acenaram interesse em
regularizar a área.”

No caso de confronto, ele afirma que as crianças serão levadas para um
lugar seguro.

União. Um dos coordenadores do acampamento, Juarez Silva, 44 anos, afirmou
estar preparado para o confronto.

“Eu não tenho medo. O povo está unido para se defender. Aqui construi
minha casa e montei o meu negócio. Acho que temos que lutar pela nossa
casa que é um sonho realizado. Estamos bem preparados.”

Silva é um dos responsáveis pelo monitoramento da área.

O vendedor Luciano Paulino Gomes, 30 anos também está disposto a lutar
para garantir a casa que construi para a família. Sua esposa, Maria
Fernanda dos Santos, 25 anos, está grávida de quatro meses do segundo
filho. “Vou resistir para garantir a casa da minha família.”

Seu vizinho, o motorista Jeremias Fernandes da Silva, 43 anos, espera por
um confronto pacifico. “A gente não quer violência, mas o pessoal que quer
nos retirar daqui não tem coração. Aqui é nosso lar e temos que resistir.”

A dona-de-casa Ana Cristina Bezerra, 38 anos, não teme a tropa de choque.
“Eu não me preocupo. Se tiver de lutar, vou lutar para conseguir
permanecer na minha casa com os meus filhos. Estamos aqui e preparados
para enfrentar qualquer coisa.” Cristina é mãe de oito filhos.

Apoio. O assessor da Secretaria Geral da Presidência, Wlamir Martines,
condenou a possível desocupação da área e reafirmou o interesse do governo
na aquisição da gleba.

Ele afirmou que, em um caso de emergência, irá acionar a Secretária
Nacional de Direitos Humanos para intervir e evitar a desocupação.

PLANEJAMENTO
'Ação ocorrerá em momento oportuno', diz major da PM
São José dos Campos

A Polícia Militar diz que ainda trabalha no planejamento da desocupação do
Pinheirinho. Por nota, o major Paulo Henrique Domingues, comandante
interino 46° Batalhão, informou que a PM dará apoio ao oficial de justiça
encarregado da desocupação.

“A Polícia Militar está realizando um cuidadoso planejamento da operação,
avaliando o emprego dos meios humanos e materiais, buscando que os
resultados se deem voltados para a legalidade e segurança de todos os
envolvidos, inclusive os ocupantes.”

Ele não revelou quando a ação será realizada e de quem dará a ordem final.

“A ação da PM em apoio aos oficiais de justiça será feita no momento mais
oportuno e adequado, para o sucesso da operação”, informou.

Amparo. A Prefeitura de São José informou, também por meio de nota, que,
caso ocorra a reintegração, dará apoio às famílias sem-teto por meio da
Secretaria de Desenvolvimento Social.

Em visita à São José na sexta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB)
descartou intervenções do Estado.

“Ali é uma área privada, que a Justiça determinou a desocupação. O que o
Estado puder fazer para buscar uma solução o fará, oferecendo alternativas
para as famílias que realmente não tenham casa.”

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