Por Natasha Romanzoti
Já que o cão é o melhor amigo
do homem há cerca de 15.000
anos, você poderia pensar que
os seres humanos os conhecem
muito bem. Surpreenda-se com
essa lista, que mostra que nossos
animais de estimação preferidos
são muito mais do que acreditamos:
Eles pegam nossas doenças
Em relação ao que nos faz mal,
somos muito parecidos. Cerca
de 6 milhões de cães são
diagnosticados com câncer a
cada ano. Eles também têm
versões caninas de raras doenças
humanas como uma neuronal
que leva à incapacidade de
caminhar ou controlar os
músculos. Cachorros e humanos
partilhando as mesmas doenças
pode ser uma “boa” coisa: as
pesquisas são mais fáceis de
executar em animais, dando
aos médicos um modelo da
doença humana, e aos cães
uma chance de cura.
Eles podem cheirar nossas
doenças
Doenças como câncer, diabetes ou
epilepsia podem ser detectadas por
cães. Estudos mostram que os animais
podem ser treinados para farejar
câncer de pulmão, mama, pele,
bexiga e próstata. Pesquisadores
suspeitam que eles sentem “perfumes” extremamente tênues emitidos por
células anormais. Eles também são
muito usados para ajudar pessoas
doentes. Pacientes com diabetes, por
exemplo, cuja saúde pode ser
prejudicada quando o açúcar aumenta
em seu sangue, podem ser avisadas
por cães (que detectam o odor destas
flutuações) antes mesmo de sentir os
sintomas. Também há casos relatados
de cães que podem alertar pessoas
epilépticas 45 minutos antes de um
ataque começar.
Eles “pensam”
Segundo pesquisas, os cães podem
ser tão inteligentes quanto crianças
de 2 anos. Border collie é a raça
de cães no topo da categoria
“inteligência”, capaz de entender
até 200 palavras. Os poodles,
pastores alemães, Golden retrievers
e Dobermans completam o
“top cinco” de raças mais inteligentes.
O popular labrador vem em sétimo.
Raças de cães de caça mais antigas,
comobuldogues e beagles, estão
entre os alunos mais lentos do
mundo canino. Ao contrário de
raças de cães mais novas, projetadas
para o companheirismo e a
sociabilidade, as raças mais velhas
foram criadas para farejar e caçar,
com mais músculos do que cérebro.
Eles podem nos deixar doentes
Cães podem transportar patógenos
aos humanos. A raiva, uma doença
neurológica fatal, é a mais famosa.
Porém, vacinas exigidas por lei podem
interromper sua disseminação. Em
alguns casos, alimentos para cães
podem causar intoxicação alimentar
em humanos, graças à contaminação
pela bactéria Salmonella. Agora, o
mais apavorante de tudo é um estudo
que descobriu que os seres humanos
podem contrair a lombriga parasita
Toxocara canis apenas através de um
afago na pele de seus cães infectados.
A lombriga, que cresce nos intestinos
de cães, pode crescer na parte de trás
do olho de seres humanos, causando
cegueira. Também podem se alojar
em fígados e pulmões humanos. Essas
infecções são raras, ainda assim,
veterinários alertam que a higiene
é importante para os proprietários
de cães; lavar as mãos antes das
refeições e após brincar com seu
animal de estimação é indispensável.
Eles também têm inveja
Estudos sugerem que os cães sabem
quando não estão recebendo
tratamento justo. Quando cachorros
faziam tarefas e não ganhavam nada
por isso, mas outros cães sim, os não recompensados começavam a ficar
agitados, arranhando-se e evitando
o olhar dos cães recompensados.
Eles também param de fazer a tarefa
muito mais rápido do que se
estivessem sozinhos e não fossem
recompensados. Porém, eles não são
tão invejosos quanto nós: os animais
não pareciam se importar se outros
cães ganhavam salsicha, enquanto
eles só ganhavam pão, e também não
ligaram se um outro cão ganhava
comida sem fazer nada enquanto
eles tinham fazer truques. Ainda
assim, as conclusões são boas
evidências de que a inveja não
é só coisa de primata.
Mas não se sentem culpados
Você pode ter sido muito injusto
com seu cão. O fato é que, quando
ele lhe dá aquele “olhar de pena”,
não significa que ele esteja se sentindo
culpado ou assumindo seu erro.
Ele está apenas respondendo a sua
repreensão. Quando os donos de
cães repreendiam os animais por
terem comido um lanche, eles
olhavam com “cara de culpa”
independentemente de terem mesmo
ou não comido o lanche. Na verdade,
os cães que foram injustamente
acusados muitas vezes pareciam mais
culpados. Ou seja, aquele olhar
expressivo não significa nada, só
que você está gritando com ele.
Cães dóceis vivem mais
Pesquisas afirmam que cães obedientes
e de raças dóceis vivem mais. Os estudos compararam o uso de energia, as
personalidades, as taxas de crescimento
e a expectativa de vida de 56 raças de
cães. Depois de controlar fatores como
tamanho do corpo, os pesquisadores
descobriram que raças agressivas
viviam menos. Eles cresciam mais
rapidamente, e tinham maiores
necessidades de energia. Os resultados
sugerem que, a procura de selecionar
e cruzar raças com certa personalidade,
os humanos inadvertidamente tocaram em características ligadas ao metabolismo e longevidade.
Eles são a raça de mamíferos
mais diversa
Os cães apresentam uma incrível
diversidade de forma corporal. Um
estudo constatou que as diferenças
entre os crânios de raças de cães são
tão pronunciadas como as diferenças
entre espécies de mamíferos
completamente distintas. Um crânio
de Collie, por exemplo, é tão
diferente de um crânio de pequinês
quanto o crânio de um gato é de uma
de morsa. Toda esta diversidade faz
dos cães uma espécie excelente para
estudar genética.
Eles fazem parte da nossa
vida social
No passado, as pessoas viam os
animais como seres sagrados. O
cão tinha um papel espiritual. O
cão de três cabeças chamado
Cérbero guardava o submundo
do mito grego, enquanto os
embalsamadores egípcios
escolheram o deus cão Anúbis
como seu patrono. No folclore
maia, os cães levavam os mortos
para sua vida no “além”. No Nepal,
o Festival de Outono de Tihar tem
um dia especial para honrar os cães
com guirlandas de flores e alimentos.
Hoje em dia, os cães são vistos como
simples animais de estimação, porém
muito populares e queridos. 80%
dos proprietários de cães relataram
que interagem com seus cães por mais
de duas horas por dia. Muitos relatam
que vêem seus animais de estimação
como filhos. O melhor amigo do
homem pode até mesmo trazer mais
amigos aos seus donos. Um estudo
de 2000 descobriu que andar com
um cachorro pelo menos triplicou
o número de interações sociais que
uma pessoa tinha. Mais do que isso:
os cães incitam contato social mesmo
quando o animal parece feroz ou o
proprietário não está bem vestido.
LiveScience
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