sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Animal silvestre não é PET! Lista Zero já

O coordenador do Grupo de Trabalho de Fauna da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), presidiu, na manhã de ontem reunião do movimento que discutiu o comércio ilegal de animais no Brasil. O encontro teve o apoio do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e da Fundação SOS Mata Atlântica. Durante a reunião, a médica veterinária, Ângela Branco reforçou a campanha “Animal Silvestre não é PET”. Ela denunciou que as lojas de animais acabam fortalecendo o tráfico de espécies silvestres, quando “esquentam” a procedência dos mesmos. A veterinária chamou atenção para o desequilíbrio causado pela retirada de animais silvestres da natureza. A representante da ONG Mata Ciliar, Cristina Adani, defendeu as iniciativas voltadas para educação em relação aos animais silvestres. “Como podemos falar em proteção do Estado, quando na verdade ele não oferece condições para impedir que milhares de espécies sejam retiradas da natureza para alimentar o tráfico de animais?”, questionou a ambientalista. “Os animais enfrentam um sofrimento intenso quando são sequestrados das florestas e a maioria morre”, lamentou. Ela também criticou o comprador que adquire um animal silvestre e passa a tratá-lo como filho. “A fala do papagaio considerada “engraçada” e seus gestos repetitivos, por exemplo, na verdade são formas de estresse” observou. A promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Vânia Tuglio, alertou que os biomas estão em risco pela exploração descontrolada dos recursos florestais e também pela retirada de animais da natureza. “O Brasil precisa de uma política para a questão dos animais silvestres, que passa até pela criação de um ministério ou de uma secretaria especial”, defendeu a promotora. De acordo com a rede Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), o comércio ilegal de animais silvestre movimenta de 10 a 20 bilhões de dólares por ano. É a terceira atividade ilícita do mundo, depois das armas e das drogas. Ainda segundo a ONG, o Brasil participa com cerca de 5% a 15% do tráfico mundial. Ao final do encontro, o Deputado Tripoli, na presença de representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) exigiu que nenhum animal silvestre integre a lista para ser criado e comercializado como animal de estimação no Brasil. “Animal silvestre não é PET! Lista Zero já”, reiterou. Assessoria do deputado com informações da assessoria de imprensa do deputado Sarney Filho.

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