produzidas
em células BHK
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SP
Coordenadoria de Controle de Doenças
INSTITUTO PASTEUR
Ofício IP DG 193/2010 São Paulo, 16 de agosto de 2010
A vacina contra a raiva de cães e gatos, colocada à disposição dos municípios
brasileiros pelo Ministério da Saúde, em 2010, é produzida em cultivo
celular, especificamente em células de rim de hamster lactente (BHK).
A vacina BHK apresenta poder imunogênico mais intenso que a vacina
anteriormente utilizada.
A vacina contém como adjuvante hidróxido de alumínio, como as demais
A vacina contém como adjuvante hidróxido de alumínio, como as demais
vacinas produzidas em cultivo celular. Ela contém Timerozal,
que atua como conservante, e Betapropriolactona, que inativa
o vírus rábico. Esses produtos são indicados para vacinas
acondicionadas em frascos de múltiplas doses. A proporção dos
conservantes é de 1:10.000.
As reações adversas temporalmente associadas à vacina contra a
As reações adversas temporalmente associadas à vacina contra a
raiva, do tipo BHK, podem ocorrer e elas se manifestam por:
• Dor no local de aplicação, provavelmente devida ao granuloma
• Dor no local de aplicação, provavelmente devida ao granuloma
que se forma no ponto de administração, à distensão do tecido
subcutâneo no procedimento ou ao acesso indevido em troncos
nervosos periféricos.
• Febre e inchaço,
• Dificuldades locomotoras,
• Sinais de agressividade devido ao mal-estar manifestado
• Febre e inchaço,
• Dificuldades locomotoras,
• Sinais de agressividade devido ao mal-estar manifestado
pelo animal.
Os quadros mais graves podem apresentar:
• Vômitos, ataxia, paresias, paralisias e morte.
A proporção de casos neurológicos graves é da ordem de 1:300 mil
Os quadros mais graves podem apresentar:
• Vômitos, ataxia, paresias, paralisias e morte.
A proporção de casos neurológicos graves é da ordem de 1:300 mil
vacinados, conforme descrições da literatura, mas a experiência
que se inicia nos municípios do Estado de São Paulo deve ser:
• Supervisionada,
• Os casos notificados e muito bem investigados,
• Comunicados às instâncias envolvidas no Programa de
• Supervisionada,
• Os casos notificados e muito bem investigados,
• Comunicados às instâncias envolvidas no Programa de
Controle da Raiva – GVE e Coordenação do Programa de
Controle da Raiva de São Paulo.
O conservante da vacina contra a raiva, do tipo BHK, Timerozal,
O conservante da vacina contra a raiva, do tipo BHK, Timerozal,
e Betapropriolactona, inativador do vírus, podem determinar
reações de hipersensibilidade, como choque anafilático e
reações anafilactóides. Em geral, estas manifestações
ocorrem logo após a administração da vacina, com sinais
de dificuldade respiratória devida ao edema de glote, vômitos
sanguinolentos ou não, convulsões, podendo culminar com
óbito do animal.
Diante dos quadros relatados por alguns municípios, é necessário
Diante dos quadros relatados por alguns municípios, é necessário
considerar alguns fatores que predispõem os animais às reações:
• O estresse a que são submetidos por ocasião da vacinação.
• A contenção que deve ser firme, mas cuidadosa.
• A administração da vacina em pontos diferentes dos indicados:
• O estresse a que são submetidos por ocasião da vacinação.
• A contenção que deve ser firme, mas cuidadosa.
• A administração da vacina em pontos diferentes dos indicados:
por via SC, na região do vazio do flanco, portanto afastado de costelas
e trajetos nervosos; por via IM, no músculo vasto lateral da
coxa – referida como mais dolorosa.
• O estado de saúde dos animais, que podem apresentar quadros
• O estado de saúde dos animais, que podem apresentar quadros
pregressos e graves de doença: panleucopenia, calicivirose felinas, cinomose
e parvovirose caninas e outras doenças infecto-contagiosas e depressoras
de sistema imune.
Recomenda-se que os animais que venham a óbito sejam encaminhados
Recomenda-se que os animais que venham a óbito sejam encaminhados
para necropsias, a fim de esclarecer as causas de óbito. Procurar
estabelecer parcerias com Faculdades de Medicina-Veterinária, quando
possível. Os exames para raiva devem sempre ser realizados.
A prescrição de tratamentos deve ser urgente e contemplar
A prescrição de tratamentos deve ser urgente e contemplar
medicamentos indicados conforme as fases de reação constatadas:
• uso de analgésicos, antitérmicos, compressas frias no local
• uso de analgésicos, antitérmicos, compressas frias no local
da aplicação da vacina.
• uso de anti-histamínicos, antinflamatórios não hormonais de
• uso de anti-histamínicos, antinflamatórios não hormonais de
ação rápida e hidratação parenteral.
• tratamento neurológico, com o uso de tonificantes neurológicos,
• tratamento neurológico, com o uso de tonificantes neurológicos,
antineuríticos e/ou antineuroálgicos.
Face às condições relatadas por alguns municípios, a Coordenação
Face às condições relatadas por alguns municípios, a Coordenação
do Programa de Controle da Raiva do Estado de São Paulo recomenda:
1) Providenciar a triagem de cães e gatos e administrar a vacina contra
1) Providenciar a triagem de cães e gatos e administrar a vacina contra
a raiva em animais com idade superior
a três meses.
2) Evitar vacinar animais com estado de saúde debilitado por várias causas.
A introdução da vacina de cultivo celular é mais um avanço tecnológico
a três meses.
2) Evitar vacinar animais com estado de saúde debilitado por várias causas.
A introdução da vacina de cultivo celular é mais um avanço tecnológico
para o Programa de Controle da Raiva canina e felina. É importante
eferir que a investigação dos casos de reações adversas precisa ser
inuciosa a fim de esclarecer se são ocorrências temporalmente ou
causalmente associados à vacina.
Nos municípios em que tenham sido detectados casos de reações
Nos municípios em que tenham sido detectados casos de reações
adversas temporalmente associadas à vacinação contra a raiva, a
investigação criteriosa de cada um deles será a base para tomada de
decisão, de forma a não comprometer os resultados obtidos para
o Estado de São Paulo e nem a qualidade do imunobiológico disponível.
Desta forma, fica mantida a posição de vacinar cães e gatos contra
Desta forma, fica mantida a posição de vacinar cães e gatos contra
a raiva, respaldada em parecer do Ministério da Saúde/SVS/DEVEP/CGDT/COVEV,
emitido na Nota Técnica 25/2010, de 12/08/2010.
Luciana Hardt Gomes
Coordenadoria de Controle de Doenças
CCD - SP
Luciana Hardt Gomes
Coordenadoria de Controle de Doenças
CCD - SP
Maria de Lourdes Aguiar Bonadia Reichmann
Assistente Técnico de Saúde II
Instituto Pasteur
Neide Yumie Takaoka
Comissão de Coordenação do Programa de Controle da
Assistente Técnico de Saúde II
Instituto Pasteur
Neide Yumie Takaoka
Comissão de Coordenação do Programa de Controle da
Raiva de São Paulo
Instituto Pasteur
Enviado por e-mail por Tamara Leite Cortez - CCZ/SP
Fonte: Sanidade Rural
Instituto Pasteur
Enviado por e-mail por Tamara Leite Cortez - CCZ/SP
Fonte: Sanidade Rural
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