divulgação
da redação | 23-04-2012 11:00:15
O que seria do homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de grande solidão de espírito, pois tudo o que acontece com os animais também acontece com o homem. Todas as coisas estão relacionadas.
Assim, nossa compreensão dos direitos devem ser expandidos para incluir os animais e não aproveitar para se promover sobre eles. Acredito que lutar pela causa deve ser algo muito sério, com propostas sérias, e com leis constitucional, ou seja, que possa fazê-la de ações e não de papel.
Como vereadora, nos últimos dias fui alvo de criticas pelas redes sociais, por conta da rejeição da criação de um projeto de lei que visa criar um Conselho de Proteção aos Animais. Mas imagino que as pessoas que os fazem não tenham conhecimento profundo e/ou entendimento do que é, e como criar uma lei.
Os conselhos são órgãos estatais especiais, ou mais amplamente, “espaços públicos institucionais”.
Neste contexto sua criação é atribuição exclusiva do Poder Executivo, a quem cabe elaborar o
projeto de lei da criação do Conselho e encaminhá-lo ao Poder Legislativo para aprovação, e não
ao contrário. Minha rejeição ao projeto é por sua inconstitucionalidade, ou seja, mesmo aprovado
não sairá da gaveta, até porque a estrutura sugerida não tem governabilidade.
Será mesmo que estamos incluindo os animais na nossa compreensão de direitos? Será que estamos
impulsionando a mudança do nosso destino e do nosso país aceitando e apoiando leis ou ações
inconstitucionais ? Vamos refletir em outro aspecto: Eu realmente me preocupo com a
preservação do meio ambiente e com os animais?
Recentemente questionei o Poder Executivo referente a campanha antirrábica, para minha
surpresa fiquei sabendo que este não tem ocorrido a cerca de dois anos, em virtude
que a Secretária do Estado de Saúde não tem encaminhado as doses para realização
destes. O que contraria o decreto 25.198/1955, que institui a vacinação antirrábica como
obrigatória em cães no território do Estado de São Paulo. No artigo 1º, menciona que
esta vacinação deve ser anualmente.
Gosto e muito de animais, e por se tratar de vidas, as ações devem ser sérias. Tenho a
felicidade de conhecer pessoas que lutam pela causa de forma séria, que entende que
cuidar de animais é criar ações concretas, buscar uma política pública eficaz na sociedade,
e estas tem se mobilizado em prol da causa, que futuramente os holofotes estarão
voltados para Hortolândia.
No livro a revolução dos bichos, do autor George Orwell, deixa claro que colocar em
primeiro lugar os valores e objetivos pessoais e egoísticos, em nome de uma causa,
deixando em segundo plano o bem dos outros, a tendência é ser dominado pela sede
do poder, prejudicando a si e os outros.
Podemos notar ao nosso redor que existe uma relação harmônica entre várias espécies
na natureza, como uma proteção para a sobrevivência delas, uma união perfeita que
podemos compará-la a uma amizade sincera. Conheça dois exemplos: a simbiose e a
relação entre homens e os animais. Nessa relação, cada um contribui para a
sobrevivência de si e do outro.
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