sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A REALIDADE DE UM ABRIGO DE ANIMAIS


Muitas pessoas, ao se depararem com animais abandonados, logo pensam em enviá-los para um abrigo. Pensam que é a melhor solução para evitar o sofrimento do animal. No entanto, a maioria não tem conhecimento de como funciona um abrigo, ou nunca visitou um.
Abrigos mantêm os animais confinados como prisioneiros em canis muitas vezes sem o menor conforto, acontecem brigas, disputas por alimentação e espaço, estresse e, em alguns casos, até canibalismo. Sem falar que a simples existência de um abrigo estimula o abandono, pois muitas pessoas vão se sentir bem à vontade para abandonarem seus animais confiando na possibilidade de serem encaminhados para este “paraíso”.
Somos contra abrigos de animais. Abrigo nos lembra irresponsabilidade, abandono, exclusão, sofrimento e morte. Lutamos por um mundo melhor, sem violência e sem o sofrimento, como vamos compactuar com uma situação que não lembra em nada os nossos objetivos?
Uma de nossas metas é reduzir o abandono e o sofrimento de cães e gatos. E como poderemos trabalhar por ela defendendo a existência de um lugar que serve para estimular a irresponsabilidade e tirar o problema da frente das pessoas evitando que elas se envolvam diretamente com ele?
Quando estamos ajudando uma pessoa a se desfazer de um animal não mais desejado, estamos compactuando com a insensatez desta pessoa. Ninguém é obrigado a ter um animal de estimação. Mas, no momento que adquirir um, deve estar consciente de que deve cuidá-lo enquanto viver. Se ajudarmos o irresponsável a se desfazer do animal estamos protegendo-o e tirando o “problema” de sua frente, perpetuando a idéia de que animais de estimação são seres descartáveis e que podemos nos “livrar” deles a primeira dificuldade que  surgir.
Quando ajudamos uma pessoa que está preocupada com um animal abandonado retirando o animal de sua frente e enviando para um abrigo, estamos protegendo a pessoa e não o animal. Esta pessoa vai dormir tranquila achando que fez sua boa ação do dia. E o pobre do animal vai ser colocado em canil superlotado como se fosse um prisioneiro, com a diferença que não cometeu nenhum crime e não teve direito a se defender.
Se, ao contrário, estimularmos esta pessoa a se envolver com o problema, cuidando do animal e procurando um novo lar para ele, estaremos ajudando a pessoa e o animal. A pessoa, se envolvendo com o problema, aprenderá o que fazer quando outro animal necessitar de ajuda. Ser correto, não matar, é algo relativamente fácil, mas se propor a salvar uma vida doando seu tempo, espaço, trabalho e dinheiro próprio é bem difícil, mas traz satisfação que dinheiro nenhum compra.
Que crime estes animais cometeram para viverem como prisioneiros ou para serem condenados à morte? Você acha justo animais abandonados serem levados para abrigos?
A partir do momento que um animal é colocado em um abrigo, ele passa a ter a vida como a de um prisioneiro: superlotação, brigas, disputa por espaço e comida, risco de doenças contagiosas, perdas da socialização e muito sofrimento.
No caso de um canil eutanásico, o animal vai para o corredor da morte. Isto é, caso seja adotável, ele tem um prazo. Mas se não for adotado, é sacrificado. Nos casos dos animais feios, velhos ou doentes a morte é certa. Nem participam de programas de adoção.
Abrigo lembra abandono, irresponsabilidade, exclusão e morte.
Seja sensível com a causa animal:
 Nunca abandone animais e não permita que outros o façam.
 Esterilize seu animalzinho, não contribua para a superpopulação de cães e gatos.
 Denuncie ao ver alguém abandonando animais.
 Forneça um lar temporário para um animal abandonado.

ADOTE:  abra seu coração para um patudo sem lar!


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